Em grande medida a nossa atuação quanto à uma agenda global de SAN buscou tratar de três dimensões integradas, a saber: a democratização dos espaços de governança, a construção de uma abordagem sistêmica frente às múltiplas crises e o enfrentamento à captura corporativas.

Uma frente diz respeito à participação bastante significativa dos processos contra a realização da Cúpula Mundial de Sistemas Alimentares da Organização das Nações Unidas (ONU), somando-se aos esforços da sociedade civil e povos indígenas internacionais.

Com intuito de aprofundar o debate no Brasil, dirigindo-nos, especialmente aos movimentos e organizações sociais, ativistas, pesquisadores e formadores de opinião, produzimos um documento político sobre o que estava em jogo com a realização deste evento, e quais os reflexos para o Brasil. Essa ação contribuiu para subsidiar a realização de um encontro promovido pela Conferência Popular sobre o tema para aprofundar a reflexão e construir uma posição política e como se dá a captura corporativa de modo a subsidiar a nossa atuação nas diferentes instâncias, notadamente do grupo de enlace para a região da América Latina e Caribe.

Em outra frente, a Conferência Popular por meio dos coletivos, organizações e movimentos sociais, que integram a sua Comissão Organizadora participou das atividades e chamamentos do Mecanismo da Sociedade Civil e Povos indígenas para as relações com o Comitê de Segurança Alimentar da ONU, notadamente quanto à coordenação global de respostas à Pandemia de Covid-19, e no ano de 2022 mais dedicado às múltiplas crises. 

Da mesma forma, acompanhamos de maneira sistemática as negociações para a aprovação das diretrizes voluntárias de sistemas alimentares e nutrição pelo CSA. A sociedade civil e povos indígenas em caráter internacional não endossou o documento apresentando de forma contundente as suas posições, buscando sensibilizar a comunidade internacional e instâncias locais sobre as repercussões desses produtos políticos.

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